JULGAMENTO NO STF

Ex-comandante nega ter colocado Marinha à disposição de Bolsonaro

O depoimento de Almir Garnier é o primeiro da rodada de interrogatórios conduzida por Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira

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O ex-comandante da Marinha Almir Garnier negou, em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), na manhã desta terça-feira (10/6), que tenha colocado as tropas da força à disposição do então presidente Jair Bolsonaro (PL). A declaração foi feita durante o segundo dia de interrogatórios dos réus do núcleo 1 da trama investigada por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

A pergunta foi feita pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso. "O comandante (Freire Gomes) teria dito que, a partir dessas discussões da possibilidade que o então presidente colocou de estado de exceção e, com isso, a decretação da GLO para novas eleições e para impedir a posse do presidente eleito, que o senhor teria sido o único a, abre aspas, ‘colocar a tropa da Marinha à disposição’ do presidente. O senhor se recorda disso?", indagou o magistrado.

Garnier refutou. “Não, senhor. Não ocorreu". "O senhor nem tocou nesse assunto?", questionou Moraes. "Senhor ministro, como lhe disse há pouco, não houve deliberações. O presidente não abriu a palavra para nós”, disse o militar.

Segundo o ex-comandante, não houve encaminhamentos nem espaço para manifestações dos presentes na reunião convocada por Bolsonaro. "Ele fez as considerações dele, expressou o que parecia para mim mais preocupações e análises de possibilidades do que propriamente uma ideia ou uma intenção de conduzir alguma coisa em uma certa direção", afirmou.

Segundo o ex-comandante, o que havia na reunião era uma preocupação com a segurança pública, diante da presença constante de manifestantes em frente aos quartéis. Garnier afirmou ter se limitado ao seu papel institucional. “A única [preocupação] que me era tangível e importante era com a segurança pública, para a qual a GLO é um instrumento adequado dentro de certos parâmetros. Eu era comandante da Marinha, não assessor político do presidente. Me ative às minhas funções e responsabilidades". 

Posteriormente, ao ser questionado pelo ministro Luiz Fux novamente sobre ter colocado a tropa a disposição, Almir disse que "nunca usou essa expressão".

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O depoimento de Almir Garnier é o primeiro da rodada de interrogatórios conduzida por Alexandre de Moraes desta terça-feira.

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