STF

Cid diz que Bolsonaro editou minuta golpista ao lado de Filipe Martins

Ex-ajudante da Presidência narra, em depoimento ao STF, atuação direta de Bolsonaro na tentativa de permanecer no poder

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Em depoimento prestado ao Supremo Tribunal Federal (STF), na tarde desta segunda-feira (9/6), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participou ativamente da elaboração da minuta golpista. Segundo o ex-ajudante de ordens, o documento foi editado em reunião privada entre Bolsonaro e o então assessor Filipe Martins, no Palácio da Alvorada.

Cid contou que o ex-presidente chegou a “enxugar o texto”, retirando do rascunho trechos que previam a prisão de autoridades, numa tentativa de tornar o plano mais palatável. “Somente o senhor ficaria preso”, teria dito Cid ao ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito.

Ainda conforme Cid, “a segunda parte entrava numa área mais jurídica, de estado de defesa, de estado de sítio, prisão de autoridades e decretação de um conselho eleitoral para refazer as eleições”. O ex-ajudante afirmou que as autoridades que seriam presas eram “vários ministros do STF, o presidente do Senado... Acho que o presidente da Câmara não, mas eram várias autoridades do STF e do Legislativo.”

Durante a audiência, Cid reiterou que sua decisão de aderir à delação premiada foi feita por “livre e espontânea vontade”. A oitiva de hoje é conduzida por Moraes, na condição de juiz instrutor, e conta também com perguntas do procurador-geral da República, Paulo Gonet, além das defesas dos demais réus — que se manifestam por ordem alfabética. Não há tempo limite para cada rodada de perguntas.

O depoimento de Mauro Cid é considerado crucial para avançar nas investigações sobre a trama golpista que, segundo a Polícia Federal (PF), visava impedir a posse de Lula e manter Bolsonaro no poder. Entre os investigados, além do ex-presidente, estão Filipe Martins, general Braga Netto e outros militares e civis do núcleo próximo ao Planalto.

A colaboração premiada de Cid tem sido um dos principais pilares da apuração. Em fases anteriores, ele já havia implicado Bolsonaro em esquemas de falsificação de cartões de vacina e uso indevido de presentes do governo. A nova rodada de depoimentos deve aprofundar as investigações sobre a tentativa de ruptura institucional após a derrota nas urnas.

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A expectativa é que, nas próximas semanas, outros delatores reforcem ou contestem a versão apresentada por Cid, ajudando o STF a formar convicção sobre a eventual responsabilização penal do ex-presidente e seus aliados.

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