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Cid volta a citar Braga Netto: ‘Caixa de vinhos com dinheiro’

Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro afirma que recursos foram usados para mobilizar manifestantes e alimentar plano de desestabilização social

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Em depoimento concedido ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira (9/6), o tenente-coronel Mauro Cid confirmou o que disse à Polícia Federal (PF) sobre o general Braga Netto, ex-candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL), entregar pessoalmente dinheiro em uma caixa de vinhos para financiar manifestações golpistas.

O valor teria sido reado ao major Rafael Martins de Oliveira com a finalidade de custear o deslocamento de apoiadores, do Rio de Janeiro a Brasília, nas semanas que antecederam os atos antidemocráticos de 8 janeiro de 2023. Segundo ele, o dinheiro fazia parte de doações do agronegócio.

Segundo Cid, o major Oliveira o procurou diretamente pedindo recursos. “Fui até o general Braga Netto, que me orientou a falar com o pessoal do partido [PL]. Na minha cabeça, o intuito era trazer pessoas para manifestações em frente aos quartéis”, contou. No entanto, após ouvir do tesoureiro do PL que o partido não poderia financiar a operação, Braga Netto decidiu entregar o dinheiro em espécie.

A investigação da Polícia Federal aponta que os recursos teriam sido utilizados para viabilizar o chamado “plano Punhal Verde e Amarelo”, que previa ações extremas, incluindo o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin, e do ministro do Supremo Tribunal Federal,  Alexandre de Moraes.

O relato de Cid reforça as suspeitas de que Braga Netto tinha conhecimento — e participação ativa — nas articulações para inviabilizar a posse de Lula.

Em delação premiada homologada pelo STF, o ex-ajudante de ordens já tinha detalhado reuniões estratégicas com o general e outros militares, como os coronéis Oliveira e Ferreira Lima, nas quais se discutia a criação de um ambiente de “caos social”. O objetivo era justificar juridicamente a decretação de estado de sítio ou de defesa, possibilitando uma intervenção militar.

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A Procuradoria-Geral da República e o Supremo Tribunal Federal tratam o depoimento de Cid como peça-chave para identificar o comando e o financiamento das tentativas de golpe de Estado. Com as novas informações, Braga Netto a a figurar com mais evidência no núcleo político e militar da suposta conspiração golpista. 

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