INTERROGATÓRIO

Ramagem negou uso de sistema de espionagem contra desafetos de Bolsonaro

Ex-diretor da Abin, Ramagem afirmou que foi feita uma auditoria para investigar uso irregular de FirstMile e que diretor foi exonerado

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O deputado federal e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem (PL-RJ) negou que a agência tenha usado oficialmente o sistema israelense FirstMile para espionar desafetos, críticos e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus filhos.

"Nunca utilizei monitoramento algum pela Abin, de qualquer autoridade. Ao contrário do que foi colocado em comunicação, nós não tínhamos a gerência de sistemas de monitoramento", afirmou o ex-diretor nesta segunda-feira (9/6) durante depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) na ação que julga a tentativa de golpe de Estado em 2022.

Contudo, ele afirmou que foi feita uma auditoria interna para investigar notícias de uso indevido do sistema. O procedimento apontou que um diretor de operações não prestou esclarecimentos sobre o uso da ferramenta. Ramagem afirmou que, por haver suspeita de uso pessoal, o diretor foi exonerado e o processo encaminhado para a corregedoria.

Ramagem afirmou também que sobre o FirstMile deixou de ser usado pela Abin em 2021, cerca de um ano antes do período que as acusações feitas pela Polícia Federal e afirmou que o sistema era ruim, pois mostrava de forma grosseira onde os monitorados estavam.

O sistema de espionagem israelense, que monitora localização celulares por meio da conexão de dados, foi usado em mais de 60 mil consultas, 35 mil delas nos dois meses que antecederam as eleições de 2020.

Entre os espionados, segundo investigação da Polícia Federal, estavam os ministros da Suprema Corte, Luis Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes; os então deputados federais Jean Wyllys (a época no Psol); David Miranda (Psol-RJ); o jornalista Leandro Demori; os senadores Randolfe Rodrigues (a época na Rede); Humberto Costa (PT-PE); entre outros.

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Nem aliados escaparam do monitoramento, como o ex-ministro da Justiça e também réu por tentativa de golpe Anderson Torres; os então deputados federais Alexandre Frota, Joice Hasselmann e Kim Kataguiri (União Brasil-SP); o ex-governador de São Paulo, João Doria (a época no PSDB).

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