(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas LIGHT

Vacina Sputnik: Rússia aprova nova versão de dose única contra COVID-19 15610

Sputnik Light usa só a primeira dose do imunizante original. Pesquisa apontou eficácia de quase 80% e aplicação foi liberada, disse fundo soberano russo. 114jo


06/05/2021 09:30 - atualizado 06/05/2021 09:59


Fundo russo diz que 20 milhões de pessoas já receberam ao menos uma dose da Sputnik V(foto: Getty Images)
Fundo russo diz que 20 milhões de pessoas já receberam ao menos uma dose da Sputnik V (foto: Getty Images)

A Rússia anunciou na quinta-feira (6/5) o registro de uma nova versão da vacina Sputnik de uma dose só em vez de duas.

O anúncio foi feito pelo Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF, na sigla em inglês), que é istrado pelo governo russo e financiou a criação do imunizante; pelo Instituto Gamaleya, que também é público e foi responsável pela pesquisa; e o Ministério da Saúde do país.

O RFID explicou que a nova vacina, batizada de Sputnik Light, usa apenas a primeira dose da Sputnik V, a original.

Os testes mostraram que ela teve uma eficácia de 79,4%, de acordo com o fundo. Isso "é superior ao de muitas vacinas de duas doses", ressaltou.

"O regime de dose única permite a imunização de um maior número de pessoas em um menor espaço de tempo, favorecendo o combate à pandemia na fase aguda."

Nenhum evento adverso grave foi registrado na pesquisa, informou o RDIF.

A Sputnik V vem sendo questionada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A agência vetou pedidos de importação da vacina russa porque diz que não pode confiar na segurança, eficácia e qualidade do imunizante diante da ausência de informações que foram requisitadas.

Uma das principais questões é que não deveria haver vírus capazes de se replicar em sua composição, e, segundo a Anvisa, os dados das pesquisas mostram que a Sputnik V tem isso.

O RDIF negou e disse que mais de 20 milhões de pessoas no mundo já receberam ao menos uma dose do imunizante.

O uso da Sputnik V foi aprovado em 64 países até agora, afirma o fabricante. Mas a Anvisa diz que só uma minoria deles está aplicando de fato a vacina na população.

O assunto será tema da I da covid-19 nesta quinta-feira (06/5), quando o presidente da Anvisa vai depor.

O que se sabe sobre eficácia 5e3m43

O fundo soberano russo disse no novo anúncio que a Sputnik Light gerou anticorpos em 96,9% dos participantes do estudo, e, em 91,67%, também produziu os anticorpos neutralizantes, que impedem a infecção das células humanas.

A taxa de eficácia de 79,4% foi calculada com base em dados de russos que foram vacinados com a primeira dose da Sputnik V e não receberam a segunda por algum motivo, entre 5 de dezembro de 2020 e 15 de abril de 2021.

O fabricante não informou no comunicado quantas pessoas fizeram parte do grupo analisado.

A vacina Sputnik original teve uma eficácia de 91,6% nos testes clínicos e de 97,6% no mundo real, de acordo com o fundo russo.

O RDIF divulgou com o anúncio de hoje que um estudo com 7 mil pessoas sobre a eficácia da Sputnik Light está sendo feito desde fevereiro na Rússia, nos Emirados Árabes, em Gana e em outros países.

Mas não ficou claro se os dados apresentados nesta quinta-feira fazem parte dessa pesquisa. A BBC News Brasil questionou os responsáveis, mas não recebeu uma resposta até a publicação desta reportagem.


Sputnik Light é feita com a primeira dose do imunizante original(foto: Getty Images)
Sputnik Light é feita com a primeira dose do imunizante original (foto: Getty Images)

Como funciona 6n4m3s

A Sputnik V usa dois tipos de adenovírus diferentes, um em cada dose, que devem ser istrados em uma sequência certa.

Esses vírus causam resfriados em humanos e foram modificados em laboratório para carregar as instruções genéticas do novo coronavírus até nossas células.

Isso faz com que elas comecem a produzir uma proteína do Sars-CoV-2, disparando o processo que nos deixa imunizados.

Esses adenovírus também foram alterados pelos cientistas para não serem capazes de se reproduzir. Se fizerem isso, diz a Anvisa, podem fazer mal à saúde, e esse efeito não teria sido investigado.

Mas a agência afirma que só um tipo de adenovírus, o que é usado na segunda dose, teria conseguido se replicar de novo.

A Sputnik Light usa o primeiro tipo, que não teria esse problema — e essa é a principal preocupação da Anvisa com a segurança da vacina russa.

Isso não resolve no entanto as outras questões apontadas pela agência, que colocou em dúvida sua eficácia (porque faltariam dados) e sua qualidade (porque os métodos usados não seguem os padrões internacionais).

Sputnik será alvo da I 46203x

O fundo russo ameaçou processar a Anvisa por difamação, depois que a agência disse não ter testado doses da vacina russa. A Anvisa teria duvidado da Sputnik V sem fundamento, afirmou o RDIF, e manchado sua reputação.

"Após a issão do regulador brasileiro Anvisa de que não testou a vacina Sputnik V, a Sputnik V está iniciando um processo judicial de difamação no Brasil contra a Anvisa por espalhar informações falsas e imprecisas intencionalmente", disse o fundo russo pelo Twitter.

A Anvisa reagiu convocando uma coletiva de imprensa para mostrar que a informação sobre os adenovírus replicantes estava nos relatórios do Instituto Gamaleya.

Também disse ter questionado os cientistas do instituto sobre isso e exibiu trechos de um vídeo de uma reunião como prova disso. O Brasil "foi achincalhado", disse o presidente da Anvisa, Antônio Barra, para justificar a decisão inédita da agência de mostrar a gravação.

O RDIF respondeu que o vídeo foi muito editado e não confirma nada. Também afirmou que a Anvisa errou e que novos testes feitos na Rússia e no Brasil mostram que não há vírus replicantes na Sputnik V.

Em nota divulgada na quarta-feira (5/5), a agência voltou a se defender, afirmando que ainda faltam dados. O que está sendo pedido aos russos é o mesmo que foi solicitado a outros fabricantes das vacinas que já foram aprovadas, disse a Anvisa.

"O que vem sendo exigido são questões básicas para uma vacina e não são motivos para indignação e tentativa de difamação do Brasil e dos seus servidores", afirmou a agência.

O presidente da Anvisa irá depor nesta quinta-feira (6/5) na I da covid-19 no Congresso Nacional e será questionado sobre o veto à importação da Sputnik V.

Vários governos estaduais e prefeituras, além do próprio governo federal, já fizeram acordos para comprar milhões de doses da vacina russa, em meio ao problema crônico de falta de vacinas no Brasil.


Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!


O que é um lockdown? h5e14

Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown. 6w4636

Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil p3448

Oxford/Astrazeneca sj2c

Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). 321426

CoronaVac/Butantan 5g6e5b

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa. 1j1g2h

Janssen 32626g

Pfizer 6c5n29

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02. 5b5t6

Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades 3g1f6j

Como funciona o 'aporte de vacinação'? 6pb4y

Os chamados aportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os aportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos. 4s4k1f

Quais os sintomas do coronavírus? 666a2u

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19: z6z62

FebreTosseFalta de ar e dificuldade para respirarProblemas gástricosDiarreia 51m65

Em casos graves, as vítimas apresentam 64d13

PneumoniaSíndrome respiratória aguda severaInsuficiência renal z5t43

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

 

 

Entenda as regras de proteção contra as novas cepas 1u6q6w

501526

 

Mitos e verdades sobre o vírus 411q6o

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus. !function(){"use strict";window.addEventListener("message",(function(a){if(void 0!==a.data["datawrapper-height"])for(var e in a.data["datawrapper-height"]){var t=document.getElementById("datawrapper-chart-"+e)||document.querySelector("iframe[src*='"+e+"']");t&(t.style.height=a.data["datawrapper-height"][e]+"px")}}))}(); 3g6g30

Para saber mais sobre o coronavírus, leia também: 3k3p5s

Veja onde estão concentrados os casos em BHCoronavírus: o que fazer com roupas, órios e sapatos ao voltar para casaAnimais de estimação no ambiente doméstico precisam de atenção especialCoronavírus x gripe espanhola em BH: erros (e soluções) são os mesmos de 100 anos atrás 3o3o1m


receba nossa newsletter 1q182a

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso! 5l2c2t

*Para comentar, faça seu ou assine 5x3rc

Publicidade

(none) || (none)