As autoridades brasileiras informaram no domingo (4) que impediram um ataque a bomba durante o megashow da cantora americana Lady Gaga no sábado, no Rio de Janeiro.
Estimativas mostram que dois milhões de pessoas foram à praia de Copacabana para curtir o show da diva americana, sob um impressionante dispositivo de segurança.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro disse em uma nota que, em conjunto com o Ministério da Justiça, "impediu um ataque a bomba que ocorreria no show da Lady Gaga, em Copacabana".
“Iriam cometer um atentado com explosivos para atingir o público LGBTQIA+”, comunidade que representava grande parte das centenas de milhares de fãs de Lady Gaga presentes no Rio.
Por este caso, um adolescente de 17 anos e um homem foram detidos, apontados como "líderes de uma célula que disseminava ódio pela internet". Anteriormente, a polícia havia apontado o homem como "responsável pelo plano".
As autoridades realizaram, além disso, 13 buscas (anteriormente haviam indicado que eram 15) em várias cidades do estado do Rio de Janeiro, assim como em São Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso, no âmbito da “Operação Fake Monster”.
Segundo a nota policial, os agressores idealizaram o plano "como um 'desafio coletivo' com o objetivo de obter notoriedade nas redes sociais".
Os "envolvidos recrutavam participantes para promover ataques integrados como de uso de explosivos improvisados e coquetéis molotov", indica a polícia. Eles “atuavam em plataformas digitais, promovendo a radicalização de adolescentes, a disseminação de crimes de ódio, automutilação, pedofilia e conteúdos violentos”.
- “Doente de medo” -
Lady Gaga escreveu um sincero agradecimento aos fãs que se emocionaram com seu espetáculo, mas não mencionou o ataque frustrado.
“Seu coração brilha tão intensamente, sua cultura é tão vibrante e especial, espero que saibam o quanto sou grata por ter compartilhado este momento histórico com vocês”, escreveu no X.
Seus seguidores, carinhosamente conhecidos como “little monsters” (monstrinhos), foram às redes sociais para expressar seu alívio com a resposta da polícia.
“GRAÇAS A DEUS. Isso teria impactado mais de dois milhões de pessoas”, disse a conta LadyGagaFansTogether no Instagram.
Outro fã respondeu: “Estou literalmente doente de medo pela segurança dela (Lady Gaga) em todos os momentos”.
- “Cirurgicamente” -
O dispositivo de segurança no concerto foi ostensivo, com a mobilização de mais de 5.000 agentes, apoiados por drones e câmeras com reconhecimento facial.
“A Polícia Civil agiu de forma silenciosa e sem criar pânico (...) Atuamos cirurgicamente para que o crime não acontecesse”, declarou Felipe Curi, secretário da Polícia Civil do Rio, citado em uma nota.
Após Madonna em 2024 e Lady Gaga este ano, a Prefeitura do Rio espera continuar realizando megashows gratuitos em maio, como uma estratégia para impulsionar o turismo em uma época considerada de baixa temporada.
O prefeito Eduardo Paes indicou que tem planos de trazer a banda de rock irlandesa U2, embora não tenha fornecido mais detalhes.
Lady Gaga deu início à noite empoleirada a mais de dois metros acima do palco em um vestido escarlate, cantando seu sucesso de 2011 “Bloody Mary” para uma multidão delirante.
A diva do pop americano, que não se apresentava no Brasil desde a turnê de 2012, seguiu com “Abracadabra”, uma das faixas mais famosas de seu último álbum, “Mayhem”, lançado em março.
No meio da música, Gaga tirou o vestido vermelho para revelar outra parte por baixo com as cores da bandeira brasileira.
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