DENÚNCIAS

Dono de loja de carros alega que foi lesado por lojistas e ameaçado

Responsável por agência denunciada por crime de estelionato alega, por meio de advogado, que não há representações criminais contra a empresa

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A defesa do responsável pela agência de carros de luxo na Avenida Barão Homem de Melo, no Bairro Nova Granada, em Belo Horizonte, acusada de estelionato, negou em redes sociais a existência de “representações criminais em face da sociedade empresária e seu sócio”.

Na nota, o advogado Eduardo de Araújo afirmou que, na realidade, a loja Diamond Motors é vítima de estelionato de aproximadamente R$ 2 milhões, o que prejudicou o fluxo de caixa da empresa. A defesa do empresário afirma que o estabelecimento foi lesado parceiros lojistas novamente em 2025, o que prejudicou o cumprimento de obrigações comerciais.

Ainda de acordo com a nota, o dono da loja precisou retirar a família de Belo Horizonte no último final de semana por causa de ameaças sofridas. Um boletim de ocorrência foi registrado e a Polícia Militar, acionada para garantir a saída do empresário de dentro do estabelecimento.

A Diamond Motors solicita aos clientes o envio de documentos, contratos, comprovantes de pagamento ou algum documento escrito que comprove acordos comerciais firmados para o email [email protected].

“Por fim, a Diamond Motors pretende preservar e manter sua operação comercial, sendo que a crise de crédito macroeconômica e uma série de descumprimento de obrigações comerciais por terceiros, prejudica todo o setor de veículos de luxo em Belo Horizonte”, finaliza a nota.

Entenda o caso

Na tarde de sábado (7/6), um cliente da agência de veículos acionou a polícia alegando um prejuízo de R$ 159 mil. Ele também afirma ter sido ameaçado por telefone e, caso não aceitasse pagar mais R$ 260 mil, o carro seria levado devido a um acordo com agiota.

Segundo o Boletim de Ocorrência, a vítima negociou a venda de uma Dodge Ram 3500 na concessionária Diamond Motors, no início deste ano. O carro foi reado para um cliente, que pagou com uma BMW Z4, de 2021. A BMW foi vendida para outro cliente, que pagou o valor à agência com um Porsche Cayenne e três parcelas de R$ 12 mil.

De acordo com os registros, a vítima também tinha outro carro anunciado na agência, uma Dodge Ram 3500, por R$ 340 mil. O carro foi vendido em fevereiro e o dinheiro foi depositado na conta da loja. Segundo a vítima, o proprietário afirmou que compraria uma nova caminhonete para ela.

  

Em março, a vítima comprou na agência uma Dodge Ram 2500, pelo valor de R$ 298 mil. Desde a negociação, ela alega que cobra que o veículo seja transferido para o nome dela e que a chave reserva seja entregue. Porém, de acordo com o cliente, o proprietário se esquiva das cobranças e diz que o carro está em nome de uma empresa e que a transferência iria demorar.

Conforme a denúncia, o proprietário alegou que, para que a propriedade do veículo fosse transferida, era necessário que o carro asse pelo nome da agência primeiro.

Já na quinta-feira (5/6), a vítima procurou a loja para resolver a situação e não encontrou o proprietário. Segundo ela, o homem estava “desaparecido”, havia aplicado golpe em vários clientes e não era possível contatá-lo. No local, uma das funcionárias afirmou que a BMW Z4, da primeira negociação, também não havia sido reada ao nome do cliente e que o proprietário havia feito um empréstimo de R$ 172 mil com garantia da Z4, mesmo com o documento de venda assinado.

Na sexta (6/6), a vítima procurou a agência de veículos novamente e um funcionário informou que o documento do veículo não seria transferido sem que ele pagasse uma nova quantia de R$ 260 mil. Em ligação, o funcionário ainda afirmou que, caso a vítima não aceitasse o acordo, o carro seria retirado do local de trabalho dela com a chave reserva que ainda está em posse da agência.

Conforme a vítima, o funcionário também alegou que o carro estava em negociação com um agiota e que a vítima deveria arcar com o valor combinado.

A vítima segue com um veículo comprado, mas sem o documento em seu nome, e alega ter sido lesada em um prejuízo de R$ 159 mil. Em nota, a Polícia Civil (PCMG) informou que apura a denúncia de estelionato contra o proprietário da agência, de 42 anos.

Em uma segunda denúncia, um empresário alega que, só contra ele, o prejuízo causado pelo proprietário da loja Diamond Motors chega a R$ 950 mil. Ele estava com cerca de 15 pessoas que cobravam resposta do comerciante na porta de um hotel em que ele estava hospedado, na região da Vila da Serra, em Nova Lima, na Grande BH. Segundo o grupo, o homem estava escondido com escolta armada.

Conforme o boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), o empresário, que atua em Divinópolis (MG), afirmou que há cerca de dois anos negocia compra e venda de veículos com o proprietário da loja. Porém, segundo ele, os veículos eram vendidos e os valores não eram reados aos verdadeiros donos dos automóveis.

Na denúncia, o solicitante afirmou que o suspeito utilizava os veículos para ter financiamentos com banco, mesmo após a venda e quitação dos valores. O empresário também afirma que é conhecido pelo proprietário da loja há mais de três meses, mas, até o momento, ele não quitou ou propôs acordo para a dívida.

Os militares orientaram as vítimas sobre a ação jurídica, uma vez que se trata de uma ação cível com compra e venda de bens móveis. Foi feito contato com o suspeito, que afirmou não ter armas.

Durante o atendimento, foi registrado que as vítimas estavam exaltadas e queriam agredir ou impedir a saída do suspeito do hotel. Após o registro da ocorrência, o suspeito foi escoltado para fora do local. Segundo a polícia, a medida foi tomada para evitar que o caso evoluísse para lesão corporal.

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Golpe milionário

Ao Estado de Minas, um cliente que não será identificado informou que a loja coleciona um grupo de vítimas de estelionato, cuja soma dos prejuízos a dos R$ 30 milhões. Ainda segundo ele, o medo é que o suspeito fuja do país sem a quitação das dívidas.

Nas redes sociais, outro empresário contou que trabalhou com o suspeito por quatro anos, mas que o prejuízo que tem hoje prejudica a ele e à família dele. Segundo o empresário, em 24 de abril, o suspeito entrou em contato com ele afirmando que tinha um Audi entrando em negociação, mas que ele precisava rear para outro vendedor.

O negócio foi fechado por R$ 252 mil: R$ 200 mil foram pagos e ele aguardava a transferência de titularidade para o pagamento do restante. Depois de dias, o veículo não foi reado. O homem procurou o empresário, que itiu que tinha usado  o dinheiro em outra negociação. Conforme o relato, a vítima “apertou” o proprietário, que itiu que pegou o dinheiro de forma premeditada e que ele seria a vítima ideal.

Ainda conforme a PM, medidas judiciais são providenciadas para possível responsabilização do suspeito. O caso é investigado pela Polícia Civil (PCMG).

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