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PROTESTO

Motociclistas protestam em BH contra suspensão do serviço de mototáxi

A Superintendência Regional do Trabalho de Minas Gerais (SRT-MG) quer suspender o serviço de mototáxi por três meses

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Motoboys de aplicativo protestaram, na tarde desta quinta-feira (23/1), contra a possível suspensão do serviço de mototáxi na capital mineira. Dezenas de trabalhadores fecharam três faixas da Avenida Afonso Pena, em frente à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), na Região Central da cidade. A interdição durou cerca de 20 minutos, e o tráfego foi liberado às 14h30.

Os trabalhadores pararam as motos para interditar as pistas, o que complicou o trânsito na região. A manifestação teve início em frente à Câmara Municipal por volta das 11h.  

Em vídeo que registra o movimento, os trabalhadores gritavam: “Não à suspensão”. Além do "buzinaço", muitos cartazes foram erguidos em protesto. Frank Faria Santos, motociclista que estava na manifestação, afirma que o protesto é a forma da categoria ser ouvida. "Sozinhos somos uma engrenagem muita pequena, mas juntos fazemos a máquina funcionar", diz ele, que trabalha em aplicativos há 4 anos.

Possível suspensão

A suspensão que motivou a manifestação foi defendida e apresentada a representantes do Executivo municipal nessa quarta-feira (22/1). Carlos Calazans, superintendente regional do trabalho e emprego em Minas Gerais, defendeu a interrupção do serviço por 90 dias para que sejam discutidas a regulamentação e a fiscalização desse tipo de transporte. 

“Coloquei para o governo municipal todos os debates que fizemos nos últimos dois anos. Como está, não pode ficar: ou regulamenta ou suspende (o serviço). Em BH não tem regulamentação e nem fiscalização”, afirmou Calazans.

O mototáxi Milson Pereira de Almeida Júnior, que estava na manifestação, considera que o grande problema é a suspensão do serviço, e não a regulamentação do trabalho. O trabalhador afirma que a categoria tem medo que os 90 dias de interrupção virem definitivos, além de acreditar que três meses de suspensão é muito tempo. "A gente tem conta para pagar", explica.

O motociclista Frank Faria reforça o apoio à regulamentação do serviço: "Queremos e precisamos disso, mas precisa ser justo e correto para nós", diz.

Pedido retirado

Os mototáxis também contam que a categoria se reuniu com Carlos Calazans nesta quinta-feira após o protesto. A conversa levou o superintendente a retirar o pedido de suspensão.

"A medida que discuti com eles, nós chegamos em um acordo", confirma Calazans ao Estado de Minas. Apesar de ter voltado atrás quanto à suspensão, ele afirma que vai continuar pressionando pela regulamentação do trabalho.

De acordo com o superintendente, um grupo vai ficar responsável para decidir, nos próximos 90 dias, uma proposta para regularizar o serviço. Esse conjunto vai reunir representantes dos trabalhadores da categoria, da PBH, Câmara, Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e sob a coordenadoria da Superintendência do Trabalho.

Calazans também afirma que a intenção é convocar as empresas de aplicativo para participarem do debate.

*Estagiária sob supervisão dos subeditores Eduardo Oliveira e Thiago Prata

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