O golpe do ‘familiar em apuros’ tornou-se uma das fraudes mais frequentes no Brasil em 2025. Essa prática consiste em criminosos entrarem em contato com potenciais vítimas, geralmente por aplicativos de mensagens, fingindo ser um parente próximo em emergência. O objetivo é sensibilizar a pessoa para que ela realize transferências bancárias ou forneça informações pessoais, acreditando estar ajudando um ente querido.
Na maioria das situações, os golpistas utilizam informações básicas encontradas em redes sociais ou outros meios públicos para criar uma narrativa convincente. Eles costumam alegar que perderam o celular, estão sem o ao próprio número ou aram por algum imprevisto, como acidentes ou problemas de saúde. O apelo emocional é o principal recurso para induzir a vítima ao erro.
Por que o golpe do ‘familiar em apuros’ é tão recorrente atualmente?
O crescimento desse tipo de golpe está relacionado à facilidade de o a dados pessoais e à popularização dos aplicativos de mensagens instantâneas. Com a disseminação de informações em redes sociais, criminosos conseguem montar perfis falsos e simular conversas convincentes. Além disso, o ambiente digital acelerou a comunicação, tornando as pessoas mais suscetíveis a decisões impulsivas diante de situações de urgência.
Outro fator que contribui para a recorrência do golpe é a confiança natural que as pessoas depositam em contatos que se apresentam como familiares. A combinação de urgência e apelo emocional faz com que muitos não verifiquem a autenticidade da mensagem antes de agir.
Como a ausência do contato salvo na agenda facilita o golpe?
Dados recentes apontam que em quase 60% dos casos de golpe do ‘familiar em apuros’, o número utilizado pelo criminoso não estava salvo na agenda da vítima. Isso ocorre porque os golpistas frequentemente utilizam chips descartáveis ou números temporários para evitar rastreamento e dificultar a identificação.
Quando o contato não está salvo, a vítima tende a confiar na explicação de que o parente está usando um novo número devido a perda, roubo ou troca de aparelho. Essa brecha é explorada para criar um cenário de urgência, levando a pessoa a agir sem desconfiar da fraude.

Quais são os sinais de alerta para identificar o golpe do ‘familiar em apuros’?
Existem indícios que podem ajudar a reconhecer tentativas desse golpe. Entre os principais sinais de alerta, destacam-se:
- Solicitação de dinheiro com urgência, geralmente alegando situações de emergência.
- Uso de linguagem genérica, sem detalhes pessoais ou menção a fatos específicos da relação familiar.
- Contato feito por número desconhecido, acompanhado de justificativas para a troca de telefone.
- Resistência a ligações de voz ou videochamadas, preferindo apenas mensagens escritas.
- Pressão emocional para que a vítima tome decisões rápidas, sem tempo para reflexão.
Observar esses pontos pode ser fundamental para evitar cair na armadilha.
O que fazer ao receber uma mensagem suspeita de um suposto familiar?
Ao receber uma mensagem de alguém alegando ser um parente em apuros, é recomendável adotar algumas medidas preventivas antes de tomar qualquer atitude. Confira algumas orientações:
- Verifique a identidade do remetente, entrando em contato por outros meios, como ligações para o número antigo ou redes sociais.
- Evite transferências imediatas de dinheiro ou envio de dados pessoais sem confirmação da veracidade da situação.
- Desconfie de pedidos urgentes e de histórias que envolvam troca de número sem explicação plausível.
- Converse com outros familiares para checar se alguém está realmente ando por dificuldades.
- Denuncie o número e bloqueie o contato caso confirme a tentativa de golpe.
Essas ações podem ajudar a proteger não apenas a vítima, mas também outras pessoas do círculo familiar.
Como se proteger e evitar ser vítima do golpe do ‘familiar em apuros’?
Para reduzir o risco de cair nesse tipo de fraude, algumas práticas de segurança digital são recomendadas. Manter as informações pessoais restritas nas redes sociais é uma das principais estratégias, dificultando o o de criminosos a dados sensíveis. Além disso, é importante orientar familiares, especialmente idosos, sobre a existência desse golpe e os procedimentos para confirmar a identidade de quem faz contato.
Outra medida eficaz é criar códigos de segurança entre membros da família para situações de emergência, que podem ser usados para autenticar pedidos de ajuda. Manter aplicativos de mensagens atualizados e ativar recursos de privacidade também contribuem para aumentar a proteção. Por fim, sempre que houver dúvida, buscar auxílio de órgãos de defesa do consumidor ou autoridades policiais pode ser fundamental para evitar prejuízos e registrar tentativas de fraude.