Consórcio é boa opção para quem quer casa própria? Saiba aqui
Minas Gerais ocupa a segunda colocação no país em volume de consórcios e impulsiona o setor com jovens adultos em busca do sonho do imóvel próprio
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Siga noMinas Gerais está entre os líderes nacionais quando o assunto é consórcio imobiliário. Com cerca de 16,2% de participação no volume de consórcios registrados no Brasil entre abril de 2024 e abril de 2025, o estado ocupa a segunda colocação nacional, revelando a força do mercado mineiro na realização do sonho da casa própria.
O consórcio tem se consolidado como uma alternativa viável e ível diante do cenário econômico atual, marcado por juros elevados e restrições ao financiamento tradicional. A modalidade atrai especialmente jovens adultos de 25 a 40 anos, faixa etária responsável por mais de 45% das adesões em Minas. Cidades como Belo Horizonte, Uberlândia, Contagem, Juiz de Fora, Montes Claros e Divinópolis lideram em número de participantes.
De acordo com a Associação Brasileira de as de Consórcio (ABAC), o setor de consórcios imobiliários apresentou um crescimento expressivo em 2025. Em março, o número de participantes ativos chegou a mais de 2,2 milhões, um salto de 26% em relação ao mesmo período do ano anterior. As cotas comercializadas cresceram 56,4% e os créditos somaram R$18,7 bilhões - aumento de quase 50%.
Sua expansão está ligada não só aos números, mas também a uma mudança de comportamento. Para Fernando Lamounier, educador financeiro e sócio da Multimarcas Consórcios, o consórcio se destaca por oferecer mensalidades íveis e fugir da volatilidade da taxa Selic, que tem encarecido o financiamento bancário.
"O mercado tradicional é muito complexo e excludente. O consórcio proporciona um maior poder de compra para o cidadão comum. Ele é cada vez mais democrático e não apenas um produto popular: auxilia em pequenas e grandes operações do mercado", destaca.
A atratividade do modelo
O sucesso dos consórcios em 2025 também se deve à profissionalização do setor e à diversificação do perfil dos consumidores. "Hoje temos dois perfis claros: o imediatista, que busca uma contemplação rápida, e o de longo prazo, que entende o consórcio como um compromisso financeiro planejado", aponta o educador financeiro.
Essa diversificação reflete uma compreensão mais madura da modalidade. Ela não depende das oscilações da Selic, tem menor burocracia e permite maior controle orçamentário. Essa estabilidade atrai principalmente os jovens adultos que, diante das dificuldades em ar financiamentos, optam por formar patrimônio com mais segurança.
A tendência é de que o crescimento do setor continue nos próximos anos. Com uma população economicamente ativa ainda robusta, o modelo se beneficia tanto em momentos de instabilidade econômica quanto em ciclos de crescimento. "Quando o Brasil vai mal, o consórcio vai bem. Quando o Brasil vai bem, o consórcio vai melhor ainda", resume.
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Além disso, tem se modernizado para atender o consumidor digital. Plataformas on-line, simulações em tempo real e canais de atendimento mais eficientes contribuem para tornar o consórcio ainda mais ível e atrativo.
Em um país onde apenas 17% da população afirma ter realizado todos ou quase todos os seus sonhos em 2024, ele surge como uma ferramenta poderosa de transformação. Não apenas para a compra de imóveis, mas também para conquistas maiores, como educação, empreendedorismo e qualidade de vida.
Uma escolha cultural e emocional
Mais do que uma simples transação financeira, a compra da casa própria carrega um forte valor simbólico para o brasileiro. Segundo pesquisa do Instituto Croma, 36% da população apontam moradia como principal desejo de consumo para 2024. Entre os brasileiros das classes A e B, a prioridade se mantém elevada, especialmente na faixa dos 35 aos 54 anos.
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"O sonho da casa própria é um fenômeno cultural. Ele representa estabilidade, segurança e legado familiar", explica Lamounier. Ainda de acordo com o executivo, 93% dos brasileiros que vivem de aluguel ou em residências cedidas desejam adquirir um imóvel.
*Estagiária sob supervisão da subeditora Celina Aquino