Pablo Oliveira
Pablo Oliveira
Pablo Oliveira é jornalista e iniciou sua carreira como assessor de imprensa, atuando com artistas e projetos culturais. Durante a pandemia, migrou para o jornalismo de entretenimento, assinando colunas nos portais UOL e IG Gente. Atualmente, é colunista
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Após prisão de MC Poze do Rodo, Oruam sai em defesa e critica ação policial

Rapper também já teve agem pela polícia e denuncia o que chama de criminalização de artistas da favela

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A prisão de MC Poze do Rodo na última semana gerou forte comoção nas redes sociais e, entre os diversos artistas que se manifestaram, o rapper Oruam foi um dos que mais chamou atenção. Em seus stories no Instagram, Oruam criticou duramente a ação policial que levou o funkeiro à delegacia, classificando o episódio como uma tentativa do Estado de “envergonhar” e criminalizar figuras públicas vindas da periferia.

“O Estado gosta de envergonhar a nós. Ao gemar o Poze, nem precisava disso, o cara é exemplo pra várias pessoas. Todo mundo sabe que isso é mentira. Ele canta em baile de favela, mas não é envolvido com facção nenhuma. Mó covardia”, confira o desabafo:

A pergunta que fica é: o que levou à prisão de MC Poze?

Segundo a polícia, o cantor teria pendências judiciais relacionadas a processos antigos, mas sua defesa alega que não houve mandado de prisão válido no momento da abordagem. Ainda assim, a cena do artista sendo algemado em público reacendeu o debate sobre a forma como jovens negros e artistas das favelas são tratados pelo sistema judiciário.

Oruam também já foi alvo de operação policial

A fala de Oruam ganha ainda mais peso quando se observa que ele próprio já viveu situação semelhante. Em agosto de 2023, o rapper foi detido pela polícia do Rio de Janeiro após uma operação em que sua equipe foi abordada. À época, ele foi liberado logo depois, e nenhuma acusação formal foi feita. O episódio, no entanto, repercutiu nas redes e gerou uma onda de solidariedade entre fãs e outros músicos.

Por que artistas da favela continuam sendo alvo? Para muitos, o que deveria ser apenas a ascensão cultural de jovens talentos é constantemente interrompido por abordagens agressivas, julgamentos públicos e estigmas associados à origem social dos cantores.

Criminalização do funk?

MC Poze e Oruam representam uma geração de artistas que alcançaram o sucesso com letras que falam sobre a realidade das favelas, festas, superação e também críticas ao sistema. Para alguns setores da sociedade, porém, essa estética ainda é vista com desconfiança. Qual o impacto disso na liberdade artística?

Ativistas e defensores de direitos humanos apontam que há um padrão de abordagem e julgamento diferenciado quando o artista vem da periferia e representa uma cultura que incomoda a elite. Oruam finaliza seu desabafo afirmando que, apesar de tudo, os artistas continuarão firmes: “É tristeza, é revolta, mas nós não vamos parar. O Poze é inspiração pra muita gente e vai sair dessa mais forte ainda.”

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As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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